terça-feira, 21 de abril de 2015

A PELE QUE NÃO SE VÊ

 Bela Exposição  da artista Andrea Facchini, mas ainda acho que falta um pouco mais de cor , pele, black, de representatividade que colabore com o fim do racismo,espero sinceramente   ir a diversas exposição onde o negro produziu, e estejam também representados em telas,  junto com brancos, índios ,mamelucos etc..expressando a diversidade. "A pele - tela é o limite que separa mundos, o raso e o profundo, a ilusão e a semelhança, o transparente e o opaco, o visível e o invisível,a confissão e o segredo, a janela- espelho e o plano"  Essa  foi a descrição das telas , diria que é real essa separação de mundos quando vejo telas tão lindas e não me sinto representada em pele. Sim é uma crítica, é uma crítica a poucos espaços abertos a negros , a sua cultura , a sua arte, é uma crítica e incentivo para que o negro produza. Sabemos que há sim, produções de negros e o que falta é abertura de espaços e incentivo a essas produções, muitas vezes esses incentivos veem da  organização da sociedade civil e não de uma política pública que incentive a cultura. Precisamos de espaços públicos estimulados a ser públicos e ser ocupados pela sociedade, o que temos hoje são espaços públicos sendo privatizados. Os Jovens negros quando se organizam pra um lazer nas ruas, estes são criminalizados e vigiados o tempo todo em seus rolezinhos, para esses é fácil o controle , basta uma denuncia e os braços do Estado aparecem de forma coercitiva a qual conhecemos bem. Não é só uma crítica ao que vi, achei linda a exposição , de maneira alguma estou aqui difamando essa obra linda,mas acho que me sinto no direito livre e democrático de compartilhar  uma reflexão, e crítica a produção que poderia ter um negro  em retratos cotidianos que vi. Gosto de exposição, gosto da arte ,esses espaços trazem análise e reflexão. Precisamos  ocupar nossos espaços se quisermos ser notados como alguém que produz não só para o capital, mas que produz para o bem estar para si e para o outro. É a coletividade e representatividade que fará a diferença de um indivíduo a outro.Quando pensamos  coletivo pensamos num todo, quando pensamos de forma individualista, nos movemos em favor de reprodução da  meritocracia , nos tornamos cada vez mais colaborador desse sistema que nos faz pensar que somos lobos comento lobos, que é natural matar o outro para alcançar seus objetivos. Naturalizamos as coisas e não movemos um passo, isso é triste ver.









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